sábado, 18 de outubro de 2008

Desculpe o meu sonho

Pobre não sabe nem sonhar direito
Eu só sei sonhar baixinho
sonhar pouco,
sonhar pequenininho

Eu só sonho com chão e com teto,
com almoço e com janta
Em ir e voltar.
Sonho em ver chegar à noite
sonho que acordo vivo,
que o playboy não me queimou,
que o PM não me executou

No fundo, meu sonho é poder dormir
e poder sonhar


(Eu tinha mais era que me considerar feliz em ter duas pernas inteiras e saudáveis que me permitem levantar da cama. Mas bem que eu queria encontrar sentido nas coisas que faço depois que me levanto.)

3 comentários:

Fernanda Magalhães disse...

Poder sonhar já é um milagre...

Espaço lindo.

Escreves bem, continue.


Abraço!

††Fαℓℓєη Aηgєℓ†† disse...

ircrivel! adoro poemas do tipo condoreiro. Acho que escrever sobre uma realidade que não nos pertence é sempre mais dificil. Parabéns !

††Fαℓℓєη Aηgєℓ†† disse...

incrivel**